Quando?

Esses dias lembrando de uma amiga que trabalha em um desses lugares que recarregam cartucho, conheci ela há uns 6 ou 7 anos atrás, pela internet, conversáva-mos bastante, mas não lembro o pq, paramos de nos falar durante um bom tempo. Agora eu vendo ela assim, ainda lembro que ela já foi minha amiga um dia, mas ela não faz idéia de quem sou...estranho né? Daí eu pensei em tanta gente que eu conversava antigamente e não converso agora...tanta gente que até eu mesmo já tinha esquecido que existia, é só fuçar um pouco na memória que tem tanta gente...
Depois encanei com os brinquedos que eu tive...aonde foi parar tudo? Me lembro perfeitamente que eu tinha um autorama, e agora, depois desse "trecho" da minha vida, cade a PORRA do autorama mano?? Tanta coisa que eu pensei em fazer, e só agora lembrei...quando eu tinha tipo 1 ano de idade, o que eu fazia? No que eu pensava? É, dá pra imaginar, mas EU particularmente não lembro, imagino que ninguém consiga mesmo, mas não é estranho? De antes pra agora, pegando esse "espaço", tanto tempo já foi né? Milhares e milhares de latinhas de bohemia, posso me lembrar daquele começo ainda...eu acho que consigo lembrar sim...
Antigamente eu ouvia tanta música, que hoje em dia eu não ouço, tanta coisa que eu comia que não como mais, me visto de um jeito que não me vestia, mas nesse processo das mudanças, aonde eu estive? Aliás, eu estive?

Espelho opaco...

Marcas de uma época movida pela realidade caótica e sem muitos risos...
Esquecimento quase real, fatal e letal...
Sem sua própria marca, tentar ser feliz, viver infeliz, saber viver e se acostumar a tropeçar no meio do caminho sem nenhuma luz e muitos galhos soltos...saber a hora exata de erguer a cabeça, sem coração, com razão, ser frio em cada momento que parecer que todo o resto do mundo conspira contra cada respiração vindo de vc!
Tantos modos, tantos caminhos que agem como tranquilizante de algum tipo específico de abalo sofrido existentes atualmente, e até na antiguidade... As vezes singular como uma digital, cada um desenvolve naturalmente algum estilo de conforto, alguns se apegam em algo tipo líquido, outros em tragos intermináveis, outros até mesmo dão carta branca á algo afiado.
Mas quando esperar já virou rotina, sem ao menos ver o rótulo do antídoto...vc se vê em meio a paredes que lentamente vão de encontro uma com a outra, sem lugar pra correr ou se esconder, esperar pra enfrentar o inevitável é a única luz que ainda machucam seus olhos...
Multidões julgam tal ato de alívio eterno, tantos passam por experiências que mudam totalmente o julgamento anterior, quando tudo não passa de uma questão de pensamento, depende muito do tamanho da expansão das idéias, se encarado como um direito daquele que já não mais suporta a respiração contínua, ou de outro ângulo qualquer, mas em casos extremos, nem passa pela cabeça a imagem de aceitação de um provável artigo de fraqueza, com uma dose de egoísmo...
Em um corredor de 2 pontas, todos tem 2 escolhas...