domingo, 11 de julho de 2010

CONTO - Bate, bate mais forte!


Rafic era um jovem de quase 20 anos, sempre extrovertido e carinhoso com todos, trabalhava na padaria do Marcão há muito tempo, todos o conheciam pelo modo com que tratava todos os clientes e amigos...parecia até mesmo um candidato a vereador em época de eleição...
O garotão, mesmo simpático desse jeito, só tinha olhos pra Mônica, sua atual namorada com quase a mesma idade que ele, uma morena extremamente linda, com rosto de boneca e um corpo escultural de dar inveja em qualquer fã de Restart...O jovem casal namorava há apenas 2 meses, por esse e outros fatos, ainda não tinham desfrutado da primeira relação sexual...mas como o clima andava á 100 graus pra esse lindo casal inexperiente, logo logo iriam pro "abate"!
Mônica sempre aproveitava a ausência dos pais pra ler alguns contos eróticos ou até mesmo assistir alguns filmes de "ação"...entre eles as categorias de incesto, grupal, público...mas o que mais deixara a morena atraída, era o sadomasoquismo! Todo aquele clima violento, um tal de "bate-bate" a deixava realmente muito excitada com a situação, sendo assim, nem preciso dizer como ia ser a primeira aventura apimentada deles na cama né? Eis que surge a proposta feita pela moça, ao jovem que não esperava tal atitude:
- Amor, benzinho...estamos caminhando pro terceiro mês de namoro, eu acho que está na hora de concretizar nossos sentimentos...
Rafic se interessa e concorda, mesmo sem intender muito bem do que se tratava:
- Bom, eu também acho, meu bombom de chocolate amargo...mas vc tem alguma idéia de como vamos fazer isso?
- Tenho, agente podia aproveitar a padaria, já que não abre de domingo e não vai ficar ninguém tomando conta...vc tem a chave, é só agente fazer tudo com muito cuidado que ninguém vai desconfiar...
Pronto, agora era só uma questão de tempo até chegar o grande dia...
Quinta feira, todos ansiosos...Sexta feira, Rafic mal aguenta conversar com ninguém, a ansiedade toma conta do rapaz...Sábado, nem sequer saem de casa, dormem bastante pra passar logo o tempo, eis que vira a noite e o sol de domingo queima os olhos do casal apaixonado que esperam apreensivos pela noite...
Mônica se produz toda pra ver o namorado, é como se fosse um encontro de super-heróis, já que ela está parecendo a mulher-gato, de tanto couro que traja...as intenções malígnas tomando conta da moça que leva uma caixinha com alguns brinquedinhos pra apimentar ainda mais a transa, tais como chicote, algema, velas, pedaços de pano pra amarrar Rafic em qualquer lugar e abusar do coitado á vontade. Rafic não fica atrás, seus pensamentos são os mais sacanas possíveis, ele vê imagens produzidas pela própria mente de como vai fazer tudo, de como tudo vai funcionar, de como vai "destruir" sua gata, do que vai falar, de como vai agir...mas não quer decorar nada, quer ser expontâneo e natural...mal sabe ele os planos que a namorada reserva para hoje anoite!
Nove horas, enfrente a padaria...esse era o local marcado para dar início ao treme-treme, então sem cerimônia eles entram imediatamente no estabelecimento, tomam algumas doses de Martini e já com a porta trancada começam as carícias tentadoras...
- Ahhh minha gostosa morena, cor de auto-falante, é hoje que eu te deixo sem ar, vou te chupar até secar a língua...
- Isso meu padeiro tesudo, e aproveita e me bate muito, MUITO, quero ser toda sua, quero que vc me deixe toda vermelhinha...
Embalado pelas palavras picantes, o casal enfurecido agora está naquele clima que todo mundo conhece, mãozinha pra cá, mãozinha pra lá, beijo aqui, beijo ali, roupas sendo jogadas pra qualquer lado, um tapinha aki, outro arranhão ali, eis que a morena tem a idéia de pedir pra que Rafic a amarre perto da janela da padaria:
- Quero ser submissa a vc, quero que me devore, quero que desconte toda sua raiva em mim!
- Seu desejo é uma ordem, meu diamante negro...
No começo, os tapas de Rafic só deixavam a morena cada vez mais excitada, todo aquele clima de luta-livre realmente agradava demais a moça, mas á medida que Mônica ia gritando, o efeito do alcool ia fazendo efeito, os tapas viraram socos, as lambidas viraram mordidas e em poucos minutos a jovem estava com o corpo todo coberto de sangue, e nem por isso o jovem padeiro parou com os "carinhos" que Mônica tanto gostava:
- Está gostando minha gostosa? Sente essa agora!!
(Soco na barriga)
- Agora essa!
(Soco na boca)
- Mais essa!
(Outro soco na barriga)
E nesse ritmo frenético de espancamento, Rafic achava que tudo estava ficando leve demais, já que a moça nem gritava mais, não gemia mais, só respirava bem forte...então ele a desamarra e a arrasta até o quartinho no fundo da padaria, onde uma cama velha e quebrada será o palco da fúria do casal...
- Meu bem...estou meio zonza, porque está saindo sangue da minha boca? Vc me bateu tão forte assim?
- Acho que não, deve ter sido o seu dente do juízo que resolver nascer bem agora, vamos voltar a nos amar!
Agora os 2 pombinhos totalmente fora de si (devido aos efeitos do alcool) se entregam a fúria e começam a se bater sem a mínima noção de força...
- Mônica!! Eu te amo! (Puxão de cabelo + tapa na bunda)
- Rafic!! Eu também te amo! (chicotada nas costas + tapa na cara)
Nessa hora, antes mesmo do ato sexual, Rafic dá uma sequencia de golpes bem fortes no peito da moça, que jorra muito sangue pela boca e para de respirar...
- Amor, tudo bem com vc?
...
- Amor?
Respiração zero, batimentos zero, a moça parte dessa pra melhor, sem ao menos dizer adeus...
Meu deus, o que vou fazer? - Pensa o rapaz, que agora chora com a sua amada toda ensanguentada em seus braços...
No outro dia, logo pela manhã, Marcão, dono da padaria encontrou o corpo encima do balcão do seu estabelecimento comercial, com um bilhete encima que dizia "Ela pediu pra bater, eu bati..."
Rafic está foragido há 4 dias, a polícia não tem pistas do seu paradeiro...


Continua... ou não!

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